
Nome da Espécie: Cercis siliquastrum L.
Nome Comum: Olaia, árvore-do-amor, árvore-da-Judeia,
árvore-de-Judas
Origem: Sul da Europa e este da Ásia (zona do Mediterrâneo oriental e Médio Oriente).
Início da Floração: Março
Fim da Floração: Junho

Ficha de Identificação da Espécie


Localização no Mapa da Escola




Descrição:
Pequena árvore até 8 m de altura, com tronco irregular e torcido, de casca rugosa, gretada, de cor cinzento-escura. Os ramos são flexíveis, de casca lisa, tomando os mais jovens uma coloração avermelhada. As folhas são simples, caducas, orbiculares ou reniformes, cordiformes, em disposição alterna, com pecíolo quase tão longo como o limbo, as novas um pouco lustrosas com uma leve tonalidade purpúrea. As estípulas são pequenas, facilmente caducas. As flores são precoces, nascendo em racimos ou fascículos nos ramos, com longos pedúnculos; cálice campanulado ou urceolado, convexo na base, com 5 dentes curtos; corola papilionácea, com pétalas rosadas ou branco-rosadas, sendo o estandarte e as asas mais curtas que a quilha, com 10 estames livres. O fruto é uma vagem comprimida, pendente, de cor cinzento-avermelhada, glabrescente, de 6 a 10 cm de comprimento, que se abre por 2 valvas e contém numerosas sementes.
Tipo de Reprodução: Monóica (o mesmo indivíduo apresenta órgãos sexuais dos dois sexos)
Forma de Vida: Árvore
Tipo de Fruto: Vagem
Consistência: Seco
Maturação: Setembro
Tipo de Folha: Simples (Folha em que o limbo constitui uma superfície contínua.)
Inserção da Folha: Alterna
Margem da Folha: Inteira
Forma da Folha: Orbicular
Perenidade: Caducifólia
Flor/Inflorescência: Panícula
Habitat: É resistente ao frio e à seca. Prospera bem em grande parte do litoral mediterrâneo, sobre solos ligeiramente argilosos e não muito húmidos, mas também tolera solos calcários.
Observações: Na Península Ibérica esta espécie é cultivada, multiplica-se por sementes e por estaca. As árvores mantêm-se atrativas durante duas a três semanas, produzindo flores em abundância (a partir de Abril) em toda a árvore, incluindo o tronco principal e os ramos.
O nome do género deriva do grego: Cercis que significa naveta (vaso em forma de barco onde se introduz o incenso destinado aos turíbulos, nas cerimónias da Igreja). Esta origem alude provavelmente à forma do fruto ou à forma navicular da quilha (peça da corola). O restritivo específico, siliquastrum, é formado pelo vocábulo latino siliqua que significa alfarroba e o sufixo astrum indica semelhante, imperfeito.
O seu nome vulgar, árvore-de-Judas, é um mito de longa data que relata que Judas Iscariotes se enforcou numa árvore desta espécie. Esta crença é possivelmente devida a uma tradução alterada do nome comum francês, "arbre de Judée", que significa árvore-da-Judeia, referindo-se às regiões montanhosas do país onde a árvore era comum.
Aplicações: A Olaia é uma árvore notável, de grande efeito decorativo devido à sua floração que ocorre antes do aparecimento das novas folhas e pelas suas flores vistosas que nascem diretamente nos troncos. É uma árvore ornamental muito utilizada em parques e jardins. A sua madeira não é de boa qualidade pois deforma-se com facilidade. Os frutos usaram-se em medicina popular como adstringentes. Os botões florais servem como substitutos das alcaparras e as folhas novas são consumidas em saladas. Os botões florais e as folhas foram também utilizados para tingir fibras vegetais obtendo-se uma coloração cinzento-acastanhada de longa duração.
Galeria de Imagens da Espécie
![]() OlaiaCrédito Fotográfico: Luísa Teixeira - AEPAN | ![]() Pormenor da Flor e FolhaCrédito Fotográfico: Luísa Teixeira - AEPAN |
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![]() Pormenor da FolhaCrédito Fotográfico: Luísa Teixeira - AEPAN | ![]() Pormenor do FrutoCrédito Fotográfico: Luísa Teixeira - AEPAN |
![]() Pormenor do TroncoCrédito Fotográfico: Luísa Teixeira - AEPAN |